segunda-feira, outubro 11, 2004

Eu acredito que a existência depende da capacidade de fazer prevalecer as nossas memórias, por intermédio das outras pessoas. Deixamos a nossa “marca” nelas. Positiva ou negativa. As nossas acções condicionam os outros também. E, por isso, estamos todos unidos num imenso plano cósmico, numa rede de relações. Que nos conduz, de uma maneira mais ou menos perceptível, a um pedaço de imortalidade. Porque não é a carne que interessa. Essa, talvez num futuro não tão distante, será passível de ser conservada ou replicada vezes sem conta. O que conta somos nós, a nossa individualidade, aquilo que nos torna únicos, e isso é inicopiavel. “Fugir a uma passagem fugaz pela vida, vivendo nos outros.”
(excerto retirado de um dos meus inumeros projectos inacabados)

7 comentários:

Anónimo disse...

Revejo-me nas tuas palavras. É o sonho do Homem, atingir a imortalidade. E, de facto, reflectimo-nos nos outros, isso é indubitavel. Mas a existencia n se resume a isso. Seria demasiado triste. Acredito que existe algo mais forte que existe da comunhão de todos os seres. Algo mais forte que as ideias, que nem mesmo o tempo quebra.

Beijos,
Sara

P.S. Adorei o teu livro, quando o vais editar?

Anónimo disse...

Não era suposto o blog não ser filosofico? Isto, a mim, parece-me existencialismo.

Já tinha lido este excerto no compendio que me mandaste. Mas é sempre bom reler. Sempre vais para a frente com isto?

Quero uma primeira edição autografada. Se for um best-seller, posso ficar rico a custa diso. mwuahaha

(Óh Sara, que post mais lahmme! Tás pior que o Estevão)

Anónimo disse...

Gosto imenso da maneira como escreves. Keep up the good work!

Bia

Anónimo disse...

w0w O__O...fdx quanto é k tens ou tiveste a Filosofia? Dás aulas de explicação? XD

KEEP IT UP!

..::SOLEMN::..

Alisha A. disse...

Para quando a publicaçao do projecto. Já sei que não me deixas ler nada antes de ser editado, por isso vê se te despachas :P

O Estranho disse...

Sem qualquer dúvida, só "morremos" a partir do momento em que somos esquecidos, em que morre a última pessoa que nos conheceu. Mas realmente, se as pessoas que tocarmos, tocarem outras pessoas, será que estaremos a viver uma incrivelmente longa sucessão de vidas? Será que daqui por duzentos anos, os hipotéticos tri-netos manterão a nossa alma viva?
Blogs sem filosofia não têm piada!!! O que é bom é dar cabo da cabeça, mergulhar na loucura e voltar à superfície sem qualquer certeza lógica!
Força e confiança.

Anónimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado